sábado, 23 de abril de 2011

Metas nacionais de saneamento básico serão superadas em Balneário Camboriú

Obra da nova Estação de Tratamento de Esgoto de Balneário Camboriú
No final deste mês, o Ministério das Cidades vai começar uma série de audiências públicas por todo o país para discutir o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), que prevê metas a serem alcançadas pelo país até 2030. A expectativa é que o documento seja finalizado em junho e o decreto seja assinado pela Presidência da República até julho.

Além de fazer um diagnóstico da realidade do saneamento do Brasil nas áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta e destinação do lixo doméstico e drenagem urbana, o Plansab determina a universalização do saneamento básico nos próximos 20 anos.

Segundo o secretário nacional de Saneamento Ambiental, Leodegar Tiscoski, o percentual de tratamento de água, que hoje é 91%, deve passar para 100%, e o de tratamento de esgoto, que atualmente está em 35%, deverá chegar a 88%.

Segundo ele, para a universalização do saneamento básico se tornar uma realidade serão necessários R$ 420 bilhões, sendo que R$ 157 bilhões para o esgotamento sanitário, R$ 105 bilhões para abastecimento de água, R$ 86 bilhões para a melhoria da gestão no setor, R$ 55 bilhões para drenagem e R$ 16 bilhões para gerenciamento de resíduos sólidos.

Para Tiscoski, a questão mais preocupante atualmente para o Brasil é a falta de coleta e tratamento de esgoto. Ele lembra que a mortalidade infantil em grande parte dos países está associada à falta de saneamento. “No momento em que busca universalização, o plano dá uma contribuição fundamental à saúde da população”, afirma.

Na avaliação do presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, apesar de ser um passo fundamental para acelerar as questões de saneamento e dar um rumo único para as ações do setor, o Plansab não resolve os principais gargalos como a gestão das empresas de saneamento e o elevado volume de perda de águas.

Para ele, a falta de projetos no setor de saneamento dificulta a liberação de recursos para os municípios. “Um dos motivos que o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] na área de esgotos não anda é porque muitos projetos que foram apresentados na primeira fase do PAC estavam totalmente desatualizados, foram feitos há muitos anos e quando vai aplicar o projeto na cidade, a cidade já mudou e o projeto não serve”.

Carlos explica que, pelo fato de o Brasil ter ficado muitos anos sem investir no setor, muitas empresas especializadas migraram para outras áreas, por isso faltam profissionais para a elaboração de projetos.

Recentemente, o Trata Brasil apresentou um relatório mostrando que 4% das obras de saneamento previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram concluídas até dezembro de 2010.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, considera importante a elaboração do Plansab, para que o país tenha um direcionamento, mas diz que as ações devem ser mais objetivas. A entidade elaborou um programa chamado Sanear é Viver, com ações para a melhoria do saneamento básico no país.

“Temos que ter também um projeto prático e objetivo para resolver o problema, se não vamos ficar só no diagnóstico e nos programas de longo prazo. E vai acontecer o que tem acontecido: a gente consegue organizar melhor, colocar dinheiro, contratar, mas não consegue avançar, porque não estamos organizando a base devidamente”. (AGÊNCIA BRASIL)

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BALNEÁRIO CAMBORIÚ, na atual gestão, planeja dar eficiência de 95% no tratamento de esgoto com a construção da nova ETE, que deverá ser inaugurada este ano. Bom dizer que a ETE está sendo construída com recursos próprios - R$ 22 milhões. Através da Emasa, a administração municipal também expande a rede de esgoto, com o objetivo de atingir 100% do município. Aqui, também, funcionam os recursos próprios - em torno de mais R$ 23 milhões. Na Praia dos Amores foram investidos R$ 2,8 milhões, na implantação do sistema de tratamento de esgoto e na revitalização das ruas atingidas. No tratamento de água, o abastecimento de Balneário Camboriú é um dos mais eficientes de SC, garantindo plenitude inclusive na alta temporada, com o consumo de pico de até 70 milhões de litros diários. Está em construção a nova ETA, que ofertará 1.200 litros por segundo de água a Balneário Camboriú e Camboriú. No caso da ampliação do tratamento de água, o município trabalha com financiamento federal, através da Caixa Econômica.

2 comentários:

  1. Vamos deixar a estação de taquaras funcionar!! Que vergonha ,taquaras sempre apareçendo com problemas de balneabilidade!

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  2. Interessante a sua observação, porque nos dá oportunidade de dizer uma verdade que pouca gente conhece sobre Taquaras.
    A balneabilidade da Lagoa de Taquaras não decorre de falta de tratamento de esgoto. Ela é poluída naturalmente, porque sua água fica parada durante muito tempo, por não ter saída para o mar e os dejetos das casas não caem nela.
    A Estação de Tratamento de Esgoto de Taquaras, apesar de bem concebida é superdimensionada. É para tratar o esgoto produzido por 5000 pessoas e trata de apenas 500 - só Taquaras.
    O projeto é tratar ali o esgoto das demais praias da região agreste. O projeto está pronto há tempo e os recursos disponíveis, mas faltam as licenças ambientais, cujos protocolos estão na Fatma e no Ibama desde meados de 2009 e até agora não se conseguiu a sua liberação. Sem isso, é impossível intervir. Nem com canalização de esgoto e nem com canalização de água, pois deve-se escavar e implantar elevatórias e reservatórios.

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