Obra da nova Estação de Tratamento de Esgoto de Balneário Camboriú |
Além de fazer um diagnóstico da realidade do saneamento do Brasil nas áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta e destinação do lixo doméstico e drenagem urbana, o Plansab determina a universalização do saneamento básico nos próximos 20 anos.
Segundo o secretário nacional de Saneamento Ambiental, Leodegar Tiscoski, o percentual de tratamento de água, que hoje é 91%, deve passar para 100%, e o de tratamento de esgoto, que atualmente está em 35%, deverá chegar a 88%.
Segundo ele, para a universalização do saneamento básico se tornar uma realidade serão necessários R$ 420 bilhões, sendo que R$ 157 bilhões para o esgotamento sanitário, R$ 105 bilhões para abastecimento de água, R$ 86 bilhões para a melhoria da gestão no setor, R$ 55 bilhões para drenagem e R$ 16 bilhões para gerenciamento de resíduos sólidos.
Para Tiscoski, a questão mais preocupante atualmente para o Brasil é a falta de coleta e tratamento de esgoto. Ele lembra que a mortalidade infantil em grande parte dos países está associada à falta de saneamento. “No momento em que busca universalização, o plano dá uma contribuição fundamental à saúde da população”, afirma.
Na avaliação do presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, apesar de ser um passo fundamental para acelerar as questões de saneamento e dar um rumo único para as ações do setor, o Plansab não resolve os principais gargalos como a gestão das empresas de saneamento e o elevado volume de perda de águas.
Para ele, a falta de projetos no setor de saneamento dificulta a liberação de recursos para os municípios. “Um dos motivos que o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] na área de esgotos não anda é porque muitos projetos que foram apresentados na primeira fase do PAC estavam totalmente desatualizados, foram feitos há muitos anos e quando vai aplicar o projeto na cidade, a cidade já mudou e o projeto não serve”.
Carlos explica que, pelo fato de o Brasil ter ficado muitos anos sem investir no setor, muitas empresas especializadas migraram para outras áreas, por isso faltam profissionais para a elaboração de projetos.
Recentemente, o Trata Brasil apresentou um relatório mostrando que 4% das obras de saneamento previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram concluídas até dezembro de 2010.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, considera importante a elaboração do Plansab, para que o país tenha um direcionamento, mas diz que as ações devem ser mais objetivas. A entidade elaborou um programa chamado Sanear é Viver, com ações para a melhoria do saneamento básico no país.
“Temos que ter também um projeto prático e objetivo para resolver o problema, se não vamos ficar só no diagnóstico e nos programas de longo prazo. E vai acontecer o que tem acontecido: a gente consegue organizar melhor, colocar dinheiro, contratar, mas não consegue avançar, porque não estamos organizando a base devidamente”. (AGÊNCIA BRASIL)
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BALNEÁRIO CAMBORIÚ, na atual gestão, planeja dar eficiência de 95% no tratamento de esgoto com a construção da nova ETE, que deverá ser inaugurada este ano. Bom dizer que a ETE está sendo construída com recursos próprios - R$ 22 milhões. Através da Emasa, a administração municipal também expande a rede de esgoto, com o objetivo de atingir 100% do município. Aqui, também, funcionam os recursos próprios - em torno de mais R$ 23 milhões. Na Praia dos Amores foram investidos R$ 2,8 milhões, na implantação do sistema de tratamento de esgoto e na revitalização das ruas atingidas. No tratamento de água, o abastecimento de Balneário Camboriú é um dos mais eficientes de SC, garantindo plenitude inclusive na alta temporada, com o consumo de pico de até 70 milhões de litros diários. Está em construção a nova ETA, que ofertará 1.200 litros por segundo de água a Balneário Camboriú e Camboriú. No caso da ampliação do tratamento de água, o município trabalha com financiamento federal, através da Caixa Econômica.
Vamos deixar a estação de taquaras funcionar!! Que vergonha ,taquaras sempre apareçendo com problemas de balneabilidade!
ResponderExcluirInteressante a sua observação, porque nos dá oportunidade de dizer uma verdade que pouca gente conhece sobre Taquaras.
ResponderExcluirA balneabilidade da Lagoa de Taquaras não decorre de falta de tratamento de esgoto. Ela é poluída naturalmente, porque sua água fica parada durante muito tempo, por não ter saída para o mar e os dejetos das casas não caem nela.
A Estação de Tratamento de Esgoto de Taquaras, apesar de bem concebida é superdimensionada. É para tratar o esgoto produzido por 5000 pessoas e trata de apenas 500 - só Taquaras.
O projeto é tratar ali o esgoto das demais praias da região agreste. O projeto está pronto há tempo e os recursos disponíveis, mas faltam as licenças ambientais, cujos protocolos estão na Fatma e no Ibama desde meados de 2009 e até agora não se conseguiu a sua liberação. Sem isso, é impossível intervir. Nem com canalização de esgoto e nem com canalização de água, pois deve-se escavar e implantar elevatórias e reservatórios.